Sítio e carro do goleiro Bruno têm vestígios de sangue

Os amigos do goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes de Souza, de 25 anos, começaram a ser ouvidos nesta terça-feira pela polícia nas investigações sobre o desaparecimento da estudante paranaense Eliza Silva Samúddio, de 24 anos, com que o atleta teve uma relação extraconjugal e pode ser o pai do filho de quatro meses dela. Na manhã desta terça-feira, Cleiton Silva Gonçalves, que dirigia o carro do jogador quando ele foi apreendido em uma blitz no dia 8, por irregularidades na documentação, prestou depoimento durante mais de 4 horas na Delegacia de Homicídios de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O carro, uma Land Rover modelo Range Rover, placa KXS 1531, do Rio de Janeiro, foi vistoriado segunda-feira e exames químicos constataram vestígios de sangue nele, assim como na cada do goleiro no Condomínio Turmalina, em Esmeraldas, Grande BH. Cleiton chegou à delegacia às 9h30 e deixou o local às 14h22, acompanhado do advogado Lourivaldo Carneiro e de uma mulher que seria a mulher de Cleiton. O interrogado não quis falar com a imprensa e seu advogado esclareceu apenas que seu cliente foi ouvido como testemunha e que não deve nada. "Tudo está na fase de inquérito e em juízo vocês vão ver que ele não tem culpa", disse o advogado, protegendo seu cliente dos repórteres.Outro amigo do jogador, identificado por Russo, também deve ser intimado a prestar depoimento. Ele teria participado das agressões contra Eliza em outubro do ano passado, quando ela denunciou a polícia ter sido sequestrada, espancada e obrigada por Bruno a tomar remédios abortivos, quando estava grávida de cinco meses. Conforme foi denunciado à polícia na época, Bruno estava com três amigos, um deles seria Russo, que estava armado. Russo seria um ex-policial militar de Minas, expulso da corporação há quatro anos, junto com um irmão que também era PM. Russo teria passagens pela polícia por vários roubos cometidos em Ribeirão das Neves e é temido devido à sua fama de violento.Além de Cleiton e Russo, outros dois amigos de Bruno são investigados, um conhecido por Negão e um outro que pode ser a peça chave para a polícia esclarecer o mistério: Luiz Henrique, o Macarrão. No dia 7 deste mês, ele teria levado o bebê de Eliza, de apenas quatro meses, para os funcionários de Bruno tomarem conta no sítio em Esmeraldas.A casa do goleiro foi periciada pela polícia na segunda-feira, quando indícios da presença de sangue foram detectados, com ajuda da substância química luminol.