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terça-feira, 29 de junho de 2010

Grupo Caratinga é homenageado pela luta contra a Ditadura Militar

Atualmente as lembranças podem até ser classificadas como saudosas. Quem pôde ouvir da boca dos próprios integrantes do então denominado Grupo Caratinga, chegava a dizer: “ah, isso é história, filme...” Também! Hoje, a luta de 7 caratinguenses contra a ditadura militar faz parte da história do município e tudo isso ficou registrado pelas lentes que produziram o Documentário Nacional “À luz do dia”, de Maria Sena.
Mas o que pouca gente sabe é que todo este enredo foi baseado em fatos reais e ao mesmo tempo cruéis.
A jornalista da Rede Globo, Miriam Leitão, foi uma das personagens desta história real, participando ativamente deste período de represálias, e desta luta contra a ditadura militar na cidade. Uma luta que não foi fácil e que, na época, quando ela já estava no Espírito Santo, levou-a a prisão.
Um tempo difícil, que para alguns, as consequências deixaram sequelas. Gustavo do Vale, que também foi homenageado devido a sua resistência à Ditadura Militar foi um dos que mais sofreu. Na época, ele cursava medicina e ficou por mais de um ano preso. Quando saiu da prisão, Gustavo teve que ficar por 3 anos parado, sem poder dar continuidade aos estudos, devido ao decreto lei nº 477 onde o então Presidente da República, usava das atribuições que lhe conferiam o parágrafo 1º do Art. 2º do Ato Institucional número 5, de 13 de dezembro de 1968.
Nos dias 23, 24 e 26 deste mês, a FIC, UNEC, Câmara Municipal e a Prefeitura de Caratinga, aproveitando o aniversário da cidade, realizaram homenagens aos integrantes do Grupo Caratinga: Romário Schetinno, Selma Sena, Valtair Almeida, José Lourenço Cindra, Maria Sena, Gustavo do Vale e Miriam Leitão, que tanto fizeram para que a democracia pudesse se tornar real.
Inauguração de um monumento, solenidade de memória histórica, lançamento de uma revista, foram algumas das atividades em homenagem ao grupo Ctga.
Joaquim Rodrigues esteve presente em alguns deste eventos. Apesar da pouca idade ele já sabe reconhecer a força que estes integrantes tiveram e disse ainda que espera, poder um dia lutar, assim como eles, para mudar a realidade de nosso país.
E apesar de todo o sofrimento que os 7 caratinguenses passaram neste período, eles ficaram felizes pela homenagem que teve uma alegria dupla devido ao reencontro destas peças, hoje, tão fundamentais na história dos 162 anos de Caratinga.