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sábado, 3 de julho de 2010

Para reescrever história, Espanha e Paraguai lutam por vaga nas semis

Reescrever a história em 90 minutos. Com chutes a gol, passes, carrinhos, reinventar uma imagem construída pelo passado. Usar uma bola de futebol para escolher o caminho certo entre a esperança e a frustração. Vale muito para Espanha e Paraguai o jogo das 15h30m (20h30m pelo horário sul-africano) deste sábado, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. É muito mais do que uma vaga nas semifinais. É a chance viva de atingir outro patamar no histórico das Copas.

03/07/2010 07h00 - Atualizado em 03/07/2010 07h00
Para reescrever história, Espanha e Paraguai lutam por vaga nas semis
Sul-americanos buscam classificação inédita às semifinais, e europeus tentam eliminar fama de amarelar em Copas do Mundo
Por Alexandre Alliati e Rafel Pirrho Direto de Joanesburgo, África do Sul
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Reescrever a história em 90 minutos. Com chutes a gol, passes, carrinhos, reinventar uma imagem construída pelo passado. Usar uma bola de futebol para escolher o caminho certo entre a esperança e a frustração. Vale muito para Espanha e Paraguai o jogo das 15h30m (20h30m pelo horário sul-africano) deste sábado, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo. É muito mais do que uma vaga nas semifinais. É a chance viva de atingir outro patamar no histórico das Copas.
O Paraguai jamais esteve entre os quatro melhores times de um Mundial. A Espanha, tão badalada, não passou de um quarto lugar, lá em 1934. Em campo, a discussão é entre uma seleção que tenta se consolidar como nova força e outra que tenta apagar a imagem de amarelona.
- Não sabemos se teremos outra seleção assim em uma copa do mundo. Temos que aproveitar – resumiu o espanhol Fábregas.
O vencedor da partida pegará Argentina ou Alemanha nas semifinais. O duelo em língua espanhola será transmitido ao vivo pelo GLOBOESPORTE.COM, pela TV Globo e pelo SporTV.
David Villa, quatro gols, jogadas criadas, participação efetiva. Fernando Torres, nada de balançar as redes, nenhuma partida completa, rendimento quase nulo. Justamente contra uma defesa das mais fortes, o ataque espanhol é uma contradição pura: a união entre um dos melhores jogadores da Copa do Mundo e uma das principais decepções do torneio. O atacante do Liverpool recebe nova chance do técnico Vicente del Bosque. Com a ascensão de Fernando Llorente, pode ser a última.
É uma responsabilidade danada para o setor ofensivo da Espanha, que vai a campo com a missão de derrubar uma das defesas mais sólidas da Copa do Mundo. O Paraguai sofreu um gol em quatro jogos. Só foi vazado na estreia, para a Itália. São três jogos de invulnerabilidade defensiva. Concretizar o sonho de ser a dona do mundo exigirá da Espanha a capacidade de quebrar o paredão paraguaio.
- A Espanha é um país que adora futebol, em que as pessoas sonham muito, e isso é bonito, isso é ótimo. Estamos em uma situação em que podemos fazer história. Não ficaremos conformados com as quartas de final – disse o meia Fábregas.
O raciocínio espanhol é de que o time atual tem uma qualidade que pode não ser repetida no futuro. Dentro desse pensamento, o sentimento é de que a hora é agora.
- É uma das partidas mais importantes da Espanha em sua história – resumiu o zagueiro Piqué.
O sonho paraguaio
O Paraguai já foi mais longe do que nunca em uma Copa do Mundo. Seja qual for o resultado contra a Espanha, os jogadores devem desembarcar em Assunção como heróis. Mas por que não pensar em ir ainda mais longe, numa surpreendente semifinal? O técnico Gerardo Martino já declarou que o objetivo dele é estar entre os três melhores do torneio, mesmo que para isso seja preciso derrubar os campeões europeus. Apesar de reconhecer o favoritismo do adversário, Martino acredita que isso pode ser minimizado quando tudo se decide em uma só partida.
- No futebol, pode se esperar qualquer tipo de resultado, sobretudo em apenas 90 minutos – disse ele.
A Suíça mostrou isso logo na primeira rodada, ao derrotar a Espanha por 1 a 0. E é no mesmo esquema de defesa forte e contra-ataque rápido que o Paraguai aposta suas fichas para se classificar. Nem há outro caminho, diz Martino. Defender-se contra a Espanha não é exatamente uma tática, mas uma necessidade.
- Imagino que todos os adversários da Espanha tenham buscado jogar mais à frente. O problema é que a Espanha fica tanto com a bola que não te dá outra opção. Você sempre volta ao seu campo para se defender. Invariavelmente, o jogo sai como a Espanha quer que ele saia. Temos que nos preocupar em como neutralizar a troca de bola deles – analisou o treinador.
Apesar da ótima fase de David Villa, autor de quatro dos cinco gols espanhois na Copa, Martino adiantou que não fará marcação especial sobre ele.
- Posso falar aqui como parar Villa, Torres, Iniesta, Xavi... Isso mostra que não podemos nos preocupar apenas com um jogador. Teremos a Espanha pela frente e precisamos saber como pará-la.