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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Economia do Brasil freia crescimento em maio

A economia brasileira teve crescimento zero em sua geração de riquezas entre abril e maio deste ano, segundo pesquisa do Banco Central divulgada nesta quarta-feira (14). A estabilidade foi a primeira registrada desde dezembro de 2008, quando o indicador apresentou queda.

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), criado pelo BC para tentar antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas produzidas no país), ficou em 139,55 pontos no quinto mês do ano, sem considerar os dados de época (sazonais), como Dia das Mães ou a Copa do Mundo. O patamar é o mesmo de abril.

Na comparação entre maio de 2009 e deste ano, o indicador cresceu 9,39%. Considerando os cinco primeiros meses de 2010, a produção brasileira acumula avanço de 10,29%. Em 12 meses, esse total chega a 5,05%.

Em abril, a economia brasileira havia crescido 0,27% na comparação com março e 10,86% frente ao mesmo mês do ano passado. No mês, o indicador já apontava para uma desaceleração.

Controle da inflação

O IBC-Br é usado pelo BC para ajudar a definir a taxa básica de juros (Selic, hoje em 10,25% ao ano). Quando considera que a economia está muito aquecida, com inflação em alta, o banco aumenta a taxa – que saiu de 8,75% ao ano, em abril, para o atual patamar.

Desde janeiro de 2009, a atividade econômica só cresceu, puxada pelo aumento do consumo do trabalhador e de sua renda. O resultado de hoje aponta para um esfriamento da produção, após as medidas do governo para controlar o aumento de preços causado por essa alta dos gastos dos brasileiros.

Roberto Troster, economista-chefe da Febraban (Federação dos Bancos Brasileiros), explica que a maior intenção do BC ao elevar a Selic é segurar o aumento da inflação.

- Dinheiro mais caro quer dizer mais escasso. A ideia é fazer com que as pessoas consumam menos e, com isso, diminuir a inflação.

A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que define a Selic, está marcada para os dias 20 e 21 deste mês. O mercado financeiro espera que a taxa aumente 0,75 ponto percentual nessa reunião