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terça-feira, 18 de maio de 2010

Zago critica briga política interna do Palmeiras e explica atrito com Robert

Demitido do Palmeiras, Antônio Carlos protestou contra a versão usada pela diretoria para justificar a decisão. O técnico afirmou que nem sequer chegou a discutir com o atacante Robert, mas apenas resolveu cobrá-lo por chegar atrasado na reapresentação, após a partida contra o Vasco.
- Eu queria saber a causa da minha punição. Foi por cobrar disciplina? Disseram que foi um ato grave, mas não aconteceu nenhum ato grave. Aconteceu, sim, de os jogadores chegarem atrasados e isso não foi contornado internamente. Mas por eu ter chamado a atenção dentro do ônibus? Fui até o fundo do ônibus falar que, a partir daquele momento, ninguém mais iria ser liberado, ninguém mais iria voltar (para São Paulo) antes dos outros, que iriam voltar todos juntos, como deveria ser. E isso não aconteceu depois do jogo contra o Vasco. Eu disse que iríamos voltar todos juntos, não importasse se tivesse família no lugar e tudo mais. O Robert disse que queria ter o mesmo direito que os outros tiveram antes, e foi aí que começou.
O vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, contou outra versão sobre a demissão de Antônio Carlos. Segundo ele, a saída do técnico foi um acordo entre as duas partes.
- Não houve agressão, mas pelo fato de a discussão ter sido perante o grupo, entendemos que era um fato que não daria pra relevar. O fato ocorrido poderia ter consequências futuras. Por isso, de comum acordo entendemos que seria melhor o afastamento dele do Palmeiras. Mas quero deixar claro que tem ele saldo positivo como profissional, é correto, trabalhador e não tenho dúvidas de que será um dos grandes treinadores do futebol brasileiro. Poderá retornar em qualquer tempo ao Palmeiras.
Confira os outros trechos da entrevista de Zago:
Apurar os fatos
Isso que aconteceu faz parte da cultura do futebol brasileiro. Liberar depois de um jogo é normal aqui. O São Paulo faz isso, o Santos faz, a seleção brasileira faz. Agora, eu não posso prejudicar apenas um jogador, como eu nunca o fiz. Tanto é que eu já paguei uma vez por um ato de indisciplina que eu não cometi. Não vou passar nome de nenhum jogador. O torcedor do Palmeiras é quem tem que apurar isso aí. O Palmeiras precisa melhorar algumas coisas para que reencontre o rumo das vitórias, o rumo dos títulos que a torcida tanto cobra. O Palmeiras está com dificuldades de achar alguém para o lugar do Toninho Cecílio, mas creio que em algum momento vai aparecer alguém competente para o cargo.
Reforços
Em relação ao Carlinhos, eu joguei com ele no Santos em 2007. Foi o primeiro que eu pedi para a diretoria contratar, em fevereiro. A situação foi se arrastando, e ele acabou optando pelo Fluminense. Mas não foi por condição financeira. A questão do Edinho é complicada, porque ele é super importante. Não sei se a questão financeira está pesando. Tive uma conversa particular com ele, e ele demonstrou total interesse em ouvir a diretoria do Fluminense. Quanto ao Deco, até sexta estava tudo acertado, mas no fim de semana mudou de rumo e ele acertou com o Fluminense, parece.
Via assessoria de imprensa, Antônio Carlos explicou o breve atrito com Robert::
"A diretoria liberou quatro jogadores para voltar a São Paulo antes da delegação. Outros jogadores pediram para sair e foram liberados da concentração, pelos diretores. Havia um horário pré-determinado para a reapresentação e eles se atrasaram. Quando fui repreendê-los no ônibus, Robert não gostou dizendo que deveria haver tratamento igual aos não-evangélicos. Encerrei qualquer possibilidade de discussão ali e não houve briga, porque eu não admitiria. Houve uma cobrança minha em cima de um ato de indisciplina. Achei covardia o surgimento do boato de que brigamos, como uma forma de pressionar minha saída. Foi tudo muito mal conduzido. Há pessoas que trabalham no clube e que ficam vazando informações e inventando notícias para desestabilizar o trabalho que está sendo feito. Outros treinadores de renome passaram recentemente pelo Palmeiras e sofreram pelo mesmo motivo. Não sou a primeira vítima desta briga política, mas sinceramente espero ser o último."

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