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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Diego Souza x torcida palmeirense: uma relação de amor e ódio

como um casamento conturbado, cheio de altos e baixos, carinhos e momentos de tensão. A relação do meia Diego Souza com a torcida palmeirense passa do amor ao ódio em 90 minutos. Aclamado antes de a bola rolar para a partida com o Atlético-GO, válida pelas quartas de final da Copa do Brasil, o jogador fechou a noite da última quinta-feira com gestos obscenos, xingamentos e ironia aos torcedores, pelas vaias recebidas no momento da sua substituição. O fato ofuscou a vitória suada por 1 a 0. E este tipo de situação hostil envolvendo o jogador não é novidade no Palestra Itália. Contratado para ser a estrela do time em 2008, o atleta demorou a se encaixar na equipe. Somente no ano seguinte Diego Souza começou a render e justificar o alto investimento da Traffic, parceira do Palmeiras na aquisição de jogadores. Foi também neste período que o camisa 7 começou a ser questionado dentro do clube. Sem um bom desempenho no ano de estreia, alguns torcedores e conselheiros cobravam a sua saída.Depois da primeira reação adversa, veio o clima de paz. Os gols, dribles, passes precisos e, principalmente, o temperamento, fizeram com que o atleta ganhasse outro status. Diego Souza era apontado como o termômetro da equipe e um dos líderes do grupo. Nos momentos brilhantes do time, ele aparecia como um dos personagens principais. Se o desempenho não era bom, a equipe sentia a sua falta em campo.
- Não acho que o ciclo dele esteja encerrado aqui. Ele disse que os gestos foram direcionados para uns três ou quatro torcedores e nós acreditamos nisso. Não é um ato que deva ser feito, mas isso aconteceu no calor da partida. O Diego não será punido por isso – disse Gilberto Cipullo, vice de futebol do Palmeiras, logo após a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO.

Badalado nos momentos de glória, como no golaço do meio de campo marcado contra o Atlético-MG, no Nacional passado, e que lhe rendeu homenagens no clube, Diego Souza também é visto como vilão quando as coisas não dão certo no Palmeiras. Apesar da perda do título nacional em 2009 e da vaga para a disputa da Libertadores, o jogador foi eleito o craque do Campeonato Brasileiro. Irritada com os fracassos da equipe, a torcida ironizou a situação, criando o “troféu pipoca”, destinado ao atleta. Os gestos aos torcedores no Palestra Itália foram só mais um capítulo desta relação de amor e ódio da torcida alviverde com Diego Souza. Mas a história entre eles pode se encerrar no meio deste ano, pois a diretoria palmeirense já avisou que não pretende segurar os atletas que são assediados pelo mercado europeu – caso do camisa 7. E ao fã restará a saudade ou a certeza de que a separação foi o melhor para os dois.

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