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domingo, 5 de setembro de 2010

Crueldade: 4 agulhas encontradas no corpo de criança


A dúvida paira junto a crueldade que chocou os moradores de Inhapim e região: 'quem cometeria um ato tão desumano?'
Com apenas nove meses de vida, a criança, filha de Késia Cristina de Jesus Pinto, de 15 anos e Wellington Anacleto Machado, de 23 anos de idade, residentes em Inhapim, através de uma radiografia teve o diagnóstico confirmado: no corpo da menina foram encontradas 4 agulhas de costura de 4 cm.
Maria de Lourdes Fernandes, pediatra da Unidade Central de Saúde de Inhapim, vem acompanhando a criança desde seus primeiros dias de vida. Por diversas vezes a pediatra já havia notado hematomas pelo corpo da menina.
Aos três meses de vida a bebê deu entrada na Casa de Saúde União de Caratinga com fraturas múltiplas nos membros superiores. A família alegou que ela teria caído da banheira durante o banho.
E agora, um quadro ainda mais assustador.
De acordo com o Secretário de Saúde de Inhapim, César Augusto Torres, a mãe e a avó levaram a criança afirmando que ela estava com um ferimento nas nádegas. A pediatra nada encontrou, apenas um superfície mais dura daí pediu a radiografia onde foram encontradas as 4 agulhas.
Os pais da criança não quiseram gravar entrevista nem saíram da residência para conversar com nossa equipe. Mas a avó materna, dona Irene Joana de Jesus, que mora junto com a família na Rua Manoel Seixas Terra, no Bairro Santa Cruz, em Inhapim, disse que quer justiça e precisa saber quem fez esta maldade.
Indagada sobre quem poderia ter cometido o ato ela disse que a criança ficou algum tempo morando na casa dos avós paternos e que se estivesse em sua casa durante todos os seus nove meses de vida ela saberia.
Dona Irene afirmou que após sair o resultado da radiografia, não viu mais sua neta. A criança foi levada para o Hospital São Geraldo em Inhapim e na última quinta-feira, por volta de 18h, passou por sua primeira cirurgia, realizada pelo Dr José Carlos Silva, onde 1 das 4 agulhas foi retirada.
O caso corre em segredo de Justiça e está a cargo do Ministério Público. A criança foi afastada da família e encontra-se isolada em um local que também está sobre sigilo. O Promotor de Justiça, Bruno Schiavo Cruz deu detalhes do caso e uma hipótese foi confirmada: não há dúvidas de que a criança foi vítima de maus tratos.
As outras 3 agulhas ainda não foram retiradas porque estão muito próximas à coluna vertebral da bebê. Entretanto o Secretário de Saúde tranquilizou dizendo que a menina não corre riscos de morte.