Milhares de cambojanos comemoravam o festival da água Bon Om Touk, em uma ilha próxima à capital Phnom Penh, quando houve pânico e a multidão tentou sair correndo por uma ponte. Uma testemunha disse que a maioria dos mortos se afogou ou foi pisoteada até a morte
O premiê pediu desculpas pelo desastre e pediu calma à população. Ele descartou a possibilidade de terrorismo como causa da catástrofe, e disse que ordenou uma investigação."Essa é a maior tragédia em mais de 31 anos após o regime de Pol Pot", disse ele, referindo-se ao regime do Khmer Vermelho cuja revolução agrária em 1975 matou cerca de 1,7 milhão de pessoas no Camboja sob o comando de Pol Pot.
Horas depois do caos, centenas de sapatos ainda permaneciam na ponte sobre o rio Tonle Sap e debaixo dela. Equipes de resgate buscavam corpos de pessoas que teriam se afogado, e um repórter da Associated Press disse ter visto um corpo flutuando
A ilha Koh Pich (Ilha Diamante), no rio Tonle Sap, pertence a um banco local e é equipada com recém-construídos centros de exposição e conferência, áreas de entretenimento e restaurantes.
O local é popular entre consumidores, especialmente durante o festival da água, quando os lojistas oferecem descontos em roupas e outros produtos. Muitas das vítimas tinham ido a um show e voltavam para casa, na capital, quando o tumulto começou.
As autoridades tinham estimado que até 2 milhões de pessoas deviam ir a Phnom Penh para participar dos três dias do festival da água, que marca o fim da temporada de chuvas, e cuja principal atração são as tradicionais corridas de barco pelo rio
A última corrida acabou no começo da noite de hoje, o último dia do festival, e o pânico começou depois na Ilha Diamante
Ambulâncias corriam entre o rio e os hospitais da cidade por horas após o tumulto, enquanto curiosos e parentes esperavam do lado de fora das clínicas médicas. Muitos dos feridos pareciam em estado grave, aumentando a chance de que o número de mortos possa aumentar drasticamente.
O Camboja é um dos países mais pobres da região, e tem um precário sistema de saúde, com hospitais incapazes de atender a demanda médica diária do país.
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